Texto publicado pelo treinador João Prates, que também é estudante de Psicologia do Desporto e exercício (último ano) na Escola Superior de Desporto de Rio Maior, Portugal, em seu blog.
Chegar ao mais alto nível na profissão de futebolista exige muita preparação nas diversas etapas até chegar ao denominado «estrelato».
Olhando um pouco para o passado quantos jogadores já se perderam porque não souberam, ou melhor, não estavam preparados para as ofertas que o futebol dá quando se é profissional de topo e em que a carteira anda sempre bem recheada? Muitos...Fábio Paim, Paulo Costa, Edgar, entre outros.
A principal preocupação na formação do jogador é a parte técnica, física e táctica, a mental também é preparada mas para ser um atleta dentro de campo, porque a parte do altleta-homem fora de campo é esquecida e por isso muita vez se perdem carreiras ou se cometem muitas loucuras que por vezes leva ao desespero os treinadores, familiares e amigos.
É importante preparar o atleta para saber lidar com a fama, como o muito dinheiro que ganha, com o assedio feminino que na sua maioria apenas se aproxima do jogador por dinheiro e fama, as falsas amizades, feitas apenas de interesse.
Muitas vezes, a sua formação pessoal é influenciada pelos ídolos e quando chega ao mesmo patamar procura imita-los mas nem sempre essa referencia é positiva, sendo muitas vezes negativas, mas acabam por se tornar a sua referencia.
E o que os leva a procurar esta referencia tem a ver com o afastamento da família, das pessoas que amam e acabam por aproximar-se de más companhias o que faz que quando o atleta chegue a etapa profissional não está preparado psicologicamente para lidar com os seus conflitos internos e muitas vezes também com os externos que acabam por surgir.
Cabe aos clubes fazerem essa etapa de formação também e de certeza que terão atletas melhores preparados.
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